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Novembro / 2018
Numa entrevista na manhã desta terça-feira (27/11), na Rádio Câmara 90,9 FM de Teixeira de Freitas, o enfermeiro Fabiano Rodrigues da Silva, conselheiro regional na Bahia da ANAVIQ – Associação Nacional dos Amigos e Vítimas de Queimaduras, esclareceu sobre vários pontos da atenção básica para se evitar traumas por queimaduras em crianças e adultos, inclusive destacando a necessidade de políticas públicas neste sentido que foi muito discutida agora em novembro, no 10ª Encontro de Prevenção de Queimaduras, no Hospital Vila Penteado, no Jardim Iracema, em São Paulo, promovido pela SBQ – Sociedade Brasileira de Queimaduras. O evento reuniu inclusive o presidente da SBQ, Luiz Philipe Molina, e a presidente da ANAVIQ, Alexandra Biliar.
Conforme o enfermeiro Fabiano Rodrigues, que é especialista e mestre em saúde pública, um milhão de pessoas são vítimas de queimaduras todos os anos no Brasil,
e a maioria dos casos acontece por descuidos dentro de casa, por isso, diz que é importante o trabalho da ANAVIQ no alerta quanto aos perigos e prevenção de futuros acidentes,
principalmente com crianças. Entre os acidentes que podem acontecer com crianças, um dos mais devastadores é a queimadura, que todos os anos deixa milhares de crianças com sequelas permanentes.
Na maioria das vezes, o tratamento dessas feridas é dolorido e demorado e, em muitos casos, as vítimas desenvolvem traumas físicos e psicológicos para toda a vida.
O enfermeiro Fabiano Rodrigues, conselheiro da ANAVIQ na Bahia e que também é vereador pelo município de Nova Viçosa pelo PSDB, lembra que a prevenção é necessária na atenção básica e é
um assunto que precisa ser discutido para sua inserção na legislação de políticas públicas em torno desta necessidade. Destacando que muitas das queimaduras que acontecem com crianças ocorrem dentro de casa.
Os tipos mais comuns são as escaldantes (causadas por água ou vapor quente) e as térmicas (causadas por contato direto com fogo ou objetos quentes). Meninos e meninas de zero a quatro anos correm
mais risco de sofrerem queimaduras. Sua pele é mais fina que a de crianças mais velhas e adultos e, por isso, se queimam a temperaturas mais baixas e mais rapidamente. Uma criança exposta a
água quente a 60° por três segundos terá uma queimadura de terceiro grau, lesão que requer hospitalização e enxertos de pele.
O enfermeiro Fabiano Rodrigues, conselheiro da Associação Nacional dos Amigos e Vítimas de Queimaduras, lembra que até os quatro anos as crianças não têm capacidade de reconhecer riscos
e podem não ter habilidade para escapar de uma situação de queimadura que ameace a sua vida. E o certo é manter as crianças longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das
refeições; cozinhar nas bocas de trás do fogão e sempre com os cabos das panelas virados para dentro, para evitar que as crianças entornem os conteúdos sobre elas. O uso de protetores de fogão
é um cuidado a mais para evitar que a criança tenha acesso às panelas; evitar ficar perto ou carregar as crianças no colo enquanto mexe em panelas no fogão ou manipula líquidos quentes.
Até um simples cafezinho pode provocar graves queimaduras na pele de um bebê; deixar comidas e líquidos quentes no centro da mesa, longe do alcance das crianças; não utilizar toalhas de
mesa compridas ou jogos americanos. As crianças podem puxar esses tecidos, causando escaldadura ou queimadura de contato.
Fabiano Rodrigues ainda alerta para verificar sempre o estado das instalações elétricas. Substitua as fiações antigas e desencapadas. Evitar ligar vários aparelhos eletrônicos em uma mesma tomada;
as tomadas devem estar protegidas por tampas apropriadas, esparadrapo, fita isolante ou mesmo cobertas por móveis; cuidados com eletrodomésticos em mau estado de conservação, como ventiladores e geladeiras.
Eles podem causar choque e curto-circuito. Se possível, faça revisões ou a troca desses produtos; antes de consertos e reformas em sua casa, desligue a chave geral. Prefira os serviços de um eletricista;
desligue o chuveiro antes de mudar a chave de temperatura; não coloque objetos metálicos (facas, garfos, etc.) dentro de equipamentos elétricos.
E aconselha ainda, guarde fósforos, isqueiros, velas e outros produtos inflamáveis em locais altos e trancados, longe do alcance das crianças; muito cuidado com o álcool. Ele é responsável por um grande número de queimaduras graves em crianças. Guarde o produto longe do alcance delas. Não deixe que ele faça parte da brincadeira, principalmente quando já houver alguma fogueira ou chama por perto. O enfermeiro Fabiano Rodrigues adverte que o mais seguro é substituir qualquer versão de álcool por outros produtos de limpeza doméstica, como água e sabão; nunca jogue álcool sobre chamas ou brasas, nem utilize esse produto para cozinhar; use velas e candeeiros somente em cômodos onde há a supervisão de um adulto. Garanta que as crianças não estejam perto de objetos inflamáveis, como isqueiros, acetona, móveis de madeira, cortina, mosquiteiro ou colchões; apague velas e candeeiros quando sair de casa, mesmo que seja por poucos minutos; deixe itens inflamáveis, como roupas, móveis, jornais e revistas, longe da lareira, do aquecedor e do radiador. (Por Athylla Borborema)